Jornal Folha de São Paulo
SEXTA-FEIRA, 19 DE JULHO DE
2013 19H40
OUTRAS CIDADES
Dinamarquesa com esclerose
múltipla faz 366 maratonas em 365 dias
16/07/13 - 10:32
POR RLUCENA
Aos 41 anos, a dinamarquesa Annette Fredskov estabeleceu no último
domingo um novo recorde de resistência. Em um ano, fez uma maratona por dia,
todos os dias. E, para não deixar que ninguém dissesse que as dinamarquesas são
fracotes, Fredskov ainda fez mais uma de lambuja.
Se você está de queixo caído, repito a informação, agora com número: ela
fez 366 maratonas em 365 dias. No último dia, o domingo passado, como estava se
sentindo exultante por completar o desafio, dobrou a distância.(veja AQUI um pequeno vídeo, narrado em
inglês, contando o fim da jornada da moça).
Ela é uma maratonista um pouco melhor do que a média, segundo o critério
da velocidade: sua melhor marca na distância é de 4h08min14 (nos EUA, o tempo
médio das mulheres foi de 4h44min19 em 2010).
Mas há um porém: a recordista de resistência sofre de esclerose
múltipla. A definição mais simples que encontrei para a doença é esta: “A esclerose múltipla (EM) é uma
doença inflamatória que não tem cura e extremamente invasiva. Atinge as fibras
nervosas responsáveis pela transmissão de comandos do cérebro a várias partes
do corpo, provocando um descontrole interno generalizado”.
Annette Fredskov resolveu enfrentar o desafio para promover a luta contra a doença, dizendo que pretende inspirar as pessoas a seguirem os seus sonhos e não imporem limitações a si próprias.
Foi há três anos que ela ficou
sabendo que sofria da doença. Como você pode imaginar, foi um choque para ela,
que é casada e tem dois filhos –Emilie, de 11 anos, e Viktor, de 9 anos.
Naquele mesmo 2010, correu sua
primeira maratona, em Frankfurt, Alemanha. “Foi amor à primeira vista”, disse
ela, que, ao final do ano seguinte, já havia completado nada menos do que 51
maratonas.
Mesmo assim, ainda dava bola (com
razão, segundo boa parte dos médicos) para a afirmação de que correr maratonas
não é saudável. “Hoje penso diferente”, diz ela em seu site (AQUI). “A maratona foi a melhor coisa que
aconteceu para meu corpo e minha alma.”
E completa, contando sua história com
a doença: “Há três anos, descobri que sofria de esclerose múltipla. Hoje, sem
usar nenhum remédio, não tenho nenhum sintoma da doença nem qualquer problema
relacionado a ela.
Acredito que correr maratonas é um fator importante para eu
estar saudável hoje. Além disso, descobri novas prioridades, que me
proporcionam melhor qualidade de vida”.
Nenhum comentário:
Postar um comentário