Oi Amiga, Oi Amigo,
Tudo bem? Hoje me chegou um email da China me contando sobre
as dificuldades de se morar na China. Eu pensei: Dificuldades NÃO são apenas
chinesas, tem no Brasil, na Itália, na França, nos EUA, no Ceilão, em todo o
mundo!
Para aqueles que estão acessando este blog pela primeira vez
eu e a pessoa da China estamos falando das dificuldades em se ter a EM
(Esclerose Múltipla). São dificuldades controláveis. O que é difícil controlar
são os ‘achismos’ de outras pessoas. Segundo elas a EM é um monte de coisa e
até já se conhece a solução. Sorte das 2,5 milhões de pessoas que são
portadoras disso no mundo.
Também me chegou um email dos Estados Unidos me falando que
estava muito isolada das outras pessoas. Me lembrei de um texto que coloquei no
meu livro Projetando..., A Corrente do Bem, e coloco abaixo:
A Corrente do Bem
Duas pessoas, muito doentes,
ocupavam o mesmo quarto em um hospital. Uma delas ficava sentada em sua
cama por uma hora, todas as tardes, para
conseguir drenar o líquido de seus pulmões. Sua cama ficava
próxima da única janela existente no quarto. A outra pessoa tinha de
ficar deitada de bruços em sua cama por todo o tempo.
As pessoas conversavam muito.
Falavam sobre seus amores e seus valores, as suas famílias, as suas casas, os
seus empregos, onde elas costumavam ir nas suas férias. E toda tarde quando a
pessoa perto da janela podia sentar-se ela passava todo o tempo descrevendo
todas as coisas que ela podia ver através da janela.
A pessoa na outra cama
começou a esperar por esse período onde seu mundo era ampliado e animado pelas
descrições da outra pessoa. Ela dizia que da janela dava pra ver um parque com
um lindo lago. Patos e cisnes brincavam na água enquanto as crianças navegavam
seus pequenos barcos de brinquedo. Jovens namorados andavam de braços dados no
meio das flores e as flores possuíam todas as cores do arco-íris.
Quando a pessoa perto da
janela fazia suas descrições, ela o fazia de modo primoroso e delicado, com detalhes
e a outra pessoa fechava os seus olhos e imaginava a cena pitoresca. Em
uma tarde quente, a pessoa perto da janela descreveu que havia um desfile
na rua, embora ela não pudesse escutar a música, ela podia ver e descrever
tudo.
Dias e semanas passaram-se.
Em uma manhã a enfermeira do dia chegou trazendo água para o banho das duas
pessoas, mas achou uma delas morta. A pessoa que ficava perto da janela morreu
pacificamente durante o seu sono à noite. A enfermeira chamou os atendentes do
hospital para levarem o corpo embora.
Assim que julgou
conveniente, a outra pessoa pediu, à enfermeira, que mudasse sua cama para
perto da janela. A enfermeira ficou feliz em poder fazer esse favor para
a pessoa e depois de verificar que ela estava confortável, ela a deixou sozinha
no quarto.
Ela se apoiou, em seus
cotovelos, para conseguir olhar pela primeira vez pela janela. Finalmente ela
poderia ver tudo por si mesma. Ela se esticou ao máximo, lutando contra a
dor para poder olhar através da janela e quando conseguiu fazê-lo deparou-se
com um muro todo branco. Ela então perguntou a enfermeira o que teria levado a
outra pessoa a descrever-lhe coisas tão belas, todos os dias, se pela
janela só dava pra ver um muro branco?
A enfermeira respondeu que
aquela pessoa era cega e não poderia ver nada mesmo que quisesse. Talvez ela só
estivesse pensando em distrair e alegrar um pouco mais a outra pessoa com suas
histórias.
Há
uma tremenda alegria em fazer as outras pessoas felizes, independente de nossa
situação atual. Volto a falar do assunto do texto posterior a este, o ‘Anonimo’.
É ‘combater’ o individualismo!
Juntos
podemos vencer nossas Dificuldades!
Abraços
Rodrigo
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