Oi Amiga, Oi Amigo,
Eu recebi hoje um email de uma pessoa que repetiu
várias vezes que sentia que estava no seu limite com relação a suportar sobre o
que tinha de fazer quanto as suas atividades.
Eu disse a ela que fazermos o que estamos
acostumados a fazer era comum. Precisamos ir além disso. Temos de Ultrapassar
nossos limites. Eu transcrevo abaixo um texto que eu fiz para o meu livro
Projetando falando disso:
Ultrapassando nossos limites
Inseguranças, medos e incertezas são
comuns a qualquer pessoa. O que não é comum é a resposta que cada um resolve
dar e como a pessoa vai se relacionar com estas questões. Há pessoas que vão
ultrapassar estes conceitos transformando inseguranças em seguranças,
transformando medos em atitudes e transformando incertezas em certezas. E há
pessoas que se decidem por ter inseguranças, medos e incertezas. Você escolhe
qual resposta que vai querer escolher.
Como fazer isso? Estar presente no
mundo, se relacionando com este mundo e ajudando a modificar estas questões de
inseguranças, medos e incertezas nas pessoas e em si mesmo. Esse se importar
com o outro é muito importante para a auto-estima que envolve os dois lados, as
duas, ou mais, pessoas que se relacionam.
A nossa procura pelo ideal faz com que
nós nos esqueçamos das nossas fragilidades e de nossas fraquezas. Há uma
história sobre um homem que procurava a mulher ideal e saiu pelo mundo à
procura dessa mulher. Percorreu muitos lugares do mundo até que encontrou esta
mulher, mas não se acertaram, não conseguiram se relacionar, porque ELE não era
o homem ideal. Isso vale para as pessoas que ficam sempre nos pensamentos
ideais e não-ideais. Quando não ficamos nestes extremos somos capazes de
encontrar o ideal no não-ideal. Esta é a grande beleza do viver de cada um.
Dentro de todas as limitações, que cada pessoa pode ter, encontramos formas que
vão além dessas limitações. Por isso temos de vencer as nossas realidades
lembrando que, às vezes, a pessoa aumenta muito a sua realidade.
Uma outra história: uma pessoa decidiu
que mudaria o mundo mas depois de certo tempo viu que isso era um trabalho enorme.
Então resolveu tentar mudar seu País. Também viu que isso era um trabalho
enorme. Então tentou mudar a sua cidade, depois o seu bairro e depois a sua
casa. Tudo isso eram trabalhos enormes. Então ele decidiu mudar a si mesmo. Com
esta mudança ele mudou a sua casa, mudou o seu bairro, mudou a sua cidade,
mudou o seu País e mudou o mundo.
A E.M. é uma doença humanamente
desafiadora. É uma doença que mexe com as 'seguranças', com as 'estabilidades',
com as 'certezas', com as 'aceitações', com as 'fragilidades' e com a forma de
se relacionar de cada pessoa.
Escreveu Rubem Alves: 'ostra feliz não
faz pérola'. A pérola é feita como resposta a um grão de areia que a machuca, que
a faz sofrer. Ela então transforma o que era algo incômodo em algo liso e belo.
Então a relação humana produz pérolas em meio a tantos problemas. O ato criativo acontece, muitas vezes, de uma
dor. A vida com qualidade, ou melhor, a vida realmente com vida, acontece em
meio a sofrimentos que cabe a nós transformá-los em pérolas. Esse é o grande
poder criativo humano.
(texto publicado no
livro ‘Projetando...’ editora MultiFoco (RJ - Brazil) do autor Rodrigo Drubi)
Termos e Realizarmos Projetos nos mostra um
‘colorido’ nas nossas vidas! Se preocupe que isto aconteça!
Abraços
Rodrigo
Rodrigo
é Teólogo, Engenheiro e portador de E.M. (Esclerose Múltipla). Vive em Tapiraí,
SP, Brazil. Depois de saber que tinha a E.M. conheceu outros portadores que o
ensinaram muito sobre como viver diante de dificuldades físicas.
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