terça-feira, 15 de julho de 2014

Religiões... Traduções: Religions... Religiones...


Oi Amiga, Oi Amigo,

Hoje um debate comum é quem tem a religião certa? Qual o nome de Deus? Como ele pensa e age? E muitas outras perguntas que muitas pessoas respondem, dizem o que pensam, falando por Deus. A religião certa é aquela que te aproxima de Deus. Mas para se aproximar é preciso, pelo menos, ir na direção do Sagrado. E todas as religiões mostram a direção. Depende da pessoa seguir uma direção.

Uma dificuldade é o que chamamos de sincretismo religioso. A participação em várias religiões chegando a uma religião pessoal. Um provérbio chinês diz que se não sabemos aonde queremos ir, qualquer caminho que se escolhe é o caminho errado. Mais do que discutir o que é certo ou o que é errado, é decidir seguir algum caminho em comunidade, um caminho junto com algum grupo com uma ética que constrói um mundo de relacionamentos fraternos.

Uma segunda dificuldade é o entendimento com uma certa indiferença religiosa. Um pensamento indiferente é este: “se penso em um deus A, B ou C, não me interessa porque não me importa”. Juan Luis Segundo classificou pessoas deste grupo em “ateus em potencial”. Neste grupo estão algumas pessoas que se autodenominam religiosos, mas transformam os elementos de sua religião em ídolos. De um lado indiferença. De outro lado idolatria. Esta soma de pessoas abarca uma grande parte da população mundial.

Essa idéia de ateus em potencial mostra grupos que acham que crêem no Sagrado mas na verdade crêem em ídolos construídos pela mente humana. Isso evoca seguranças muito frágeis. L Santa Bárbara apresentou algumas formas de idolatria: o dinheiro, o poder, a violência, as estrelas do espetáculo, a pessoa amada e os ideais revolucionários. São formas que mascaram um ateísmo em um teísmo porque produz pessoas escravizadas pelo que o ateísmo conduz. Uma característica de um ídolo é a produção de imobilidade. E essa estaticidade impede que a pessoa ultrapasse seus limites humanos.

A dinâmica envolve cada pessoa com a religião que participa. Toda a religião produz crescimento e transformação do humano em seu contexto social e comunitário. A forma de impedir isso é tirar a mobilidade da pessoa. É impedir que o ser humano seja de fato humano e se relacione com um Deus que até se fez humano. Como escreveu um teólogo, sobre Jesus Cristo, “de tão humano só podia ser Deus”. Portanto é na humanidade que encontramos Deus. As religiões são caminhos para isso. Terminamos esta reflexão com uma afirmação bíblica: “Deus é amor”. E só é possível entender o que é o amor amando e se relacionando.

Rodrigo

Rodrigo é Teólogo, Engenheiro e portador de E.M. (Esclerose Múltipla). Vive em Tapiraí, SP, Brazil. Depois de saber que tinha a E.M. conheceu outros portadores que o ensinaram muito sobre como viver diante de dificuldades físicas. 

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