sábado, 23 de junho de 2012

Depoimento: Rodrigo D.

(O depoimento a seguir é opinião pessoal da pessoa que fez o depoimento. O Blog não faz julgamentos dos depoimentos. Não são mencionados nomes de médicos, de laboratórios e de remédios. Não é postado o nome completo de quem faz o depoimento. As mesmas perguntas são passadas a todos que escrevem seus depoimentos)
Você e a EM
Questões:
1.     Há quanto tempo você ficou sabendo que tem EM?
Desde 2008.

2.     Conte, um pouco, sobre como você ficou sabendo que tinha EM?
Eu estava na Bélgica para fazer o Doutorado em Teologia e comecei a ter dificuldades para andar e para subir escadas. Começam a fazer muitos exames em mim lá e depois de 1 ano eles diagnosticaram a EM. Daí eu resolvo voltar para o Brasil.

3.     Como você e a sua família lidaram com isso?
Em um primeiro momento fiquei assustado depois fui conhecendo portadores de EM e vendo que as dificuldades eram vencidas por eles. O contato com portadores de EM me faz bem me tranqüilizando por estar entre pessoas que possuem dificuldades parecidas com as minhas e com isso me fazendo ser eu mesmo sem medo de preconceitos.

4.     O que você diria para alguém que soube recentemente que tem a EM e se encontra com muito medo para enfrentar essa nova realidade?
Tenha a coragem para conviver com isso conhecendo outras pessoas que também vivem com isso. Esse conhecimento acontece com contatos em associações de portadores de EM. Por exemplo, a ABEM (SP) e a UPEMSor (Sorocaba). Também se relacione com outras pessoas que não sejam portadoras. É importante participar dessas 2 realidades sem negar nenhuma delas. Sempre tenha um neurologista que você confie e que te auxilie em tratamentos que garantam qualidade em sua vida. Como, por exemplo, a fisioterapia que nos faz bem e nos auxilia muito.

5.     O que você diria para os familiares de alguém que soube recentemente que tem a EM?
Percebam que o portador de EM fica tão assustado quanto a sua família, mas não se pode passar esta sensação para o portador. Ele precisa de apoio dos seus familiares. Deve-se entender que a fadiga, o cansaço, que um portador pode apresentar não é ‘frescura’ e sim um sintoma bem comum entre os portadores de EM. E se isso acontecer é só parar, descansar um pouco, e depois poderá voltar a fazer o que estava fazendo.

6.     Hoje como você se relaciona com a EM?

            - Alegrias: eu me sinto alegre quando conheço outras pessoas com dificuldades parecidas com as minhas e me mostram a beleza de suas superações. Isso me deixa feliz.

            - Decepções: Eu me sinto triste quando eu ou outro portador de EM somos tratados de maneira que nos excluem do convívio, de atividades sociais e da atividade profissional. Essa tristeza logo passa e me faz querer protestar e mudar estas situações.

            - Superações: Gosto de escrever, no meu blog, sobre a EM e sobre as formas positivas de enxergar a vida me fazendo ajudar os portadores e a quem queira informação. Estou colhendo testemunhos de outros portadores como este testemunho meu aqui para postar no meu blog.

7.     Como você se vê hoje, depois de ser diagnosticado com EM?
Acho que fiquei mais seletivo sobre a minha forma de se relacionar com a vida. Não sou mais tão ávido por resultados como eu conduzia as minhas ações. Hoje eu me vejo mais equilibrado quanto a resultados de trabalho. Também dou mais importância à qualidade de vida.
Rodrigo D.

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