(O depoimento a seguir é opinião pessoal da pessoa que fez o depoimento. O Blog não faz julgamentos dos depoimentos. Não são mencionados nomes de médicos, de laboratórios e de remédios. Não é postado o nome completo de quem faz o depoimento. As mesmas perguntas são passadas a todos que escrevem seus depoimentos).
Você e a EM
Questões:
1. Há quanto tempo você ficou sabendo que tem EM?
Há uns seis meses.
2. Conte, um pouco, sobre como você ficou sabendo que tinha EM?
No início do ano de 2010 tive uma dormência nos braços que ficou uns dois meses e sumiu. Depois de uns cinco meses tive o mesmo sintoma e fui encaminhada para um neurologista. Fiz os exames e já tinha agravado o surto com desequilíbrio. Devido ao histórico familiar (uma irmã e uma prima) fui encaminhada a um especialista que fez mais exames e confirmou a suspeita de EM.
3. Como você e a sua família lidaram com isso?
Quando eu peguei a Ressonância Magnética e a li (sugeria patologia desmienilizante) eu pensei.... Ihhh fudeu. A minha irmã está com bastante sequelas e não aceita a doença e nem o tratamento, pois ela diz que os remédios tinham que curá-la. Eu apesar de as vezes parecer que eu estou em um sonho – optei por aceitar a doença e procurar me tratar logo e levar a vida da melhor forma possível.
4. O que você diria para alguém que soube recentemente que tem a EM e se encontra com muito medo para enfrentar essa nova realidade?
Que tudo na vida passa. Nada é estático. Precisamos ter esperança e, é claro, lutar para viver com uma melhor qualidade de vida.
5. O que você diria para os familiares de alguém que soube recentemente que tem a EM?
Para procurar apoiar o portador e deixar as cobranças de lado. Ouvir e motivá-lo a se cuidar e estar bem.
6. Hoje como você se relaciona com a EM?
- Alegrias: Tenho sintomas desde 2002, apesar disso não fiquei com nenhuma sequela. OBA!!! Ser feliz com o possível.
- Decepções: Falta de apoio e entendimento das pessoas que te olham como se você fosse uma preguiçosa.
- Superações: Viver cada dia como único. Árdua batalha diária de trabalhar, estudar, cuidar dos filhos, da casa e ainda encontrar tempo para sonhar.
7. Como você se vê hoje, depois de ser diagnosticado com EM?
Mais consciente das minhas limitações e mais forte do que eu me imaginava para a luta.
8. Fique a vontade para escrever comentários que queira fazer.
Acredito que todos têm possibilidades e limites. Precisamos apenas descobrir como conduzir a nossa vida da melhor forma possível. Convivendo com as diferenças faremos um mundo mais justo. Nas horas em que o caminho for difícil temos que ter fé e sabermos que todas as dificuldades passam. Gostaria de tocar o coração de todos os que passam por dificuldades e dizer para acreditarem sempre na vida e no amor.
Adriana S.
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