segunda-feira, 27 de junho de 2016

As religiões no mundo virtual


AME
Oi Amiga, Oi Amigo,

A internet é apresentada como uma ferramenta de comunicação. Na verdade é bem mais do que isso: é uma nova forma de se comunicar que exige uma renovação em todo o processo comunicativo. Acontece em todas as dimensões do relacionamento humano. Em especial também na dimensão da fé. Como pensar a fé frente à dinâmica da internet? Considerando que é uma comunicação rápida, abrangente e muitas vezes solitária, como as religiões podem participar deste “novo mundo” sem perder a sua identidade?

Precisamos ter presente que toda religião é fundamentalmente comunicação. Seja o humano se comunicando com o divino, seja o divino se comunicando com o humano. As religiões comunicam suas experiências de fé.

Hoje vivemos uma era onde impera a tecnologia da informação. É o que J. Zuffo chama de “a infoera”. Esta tecnologia questiona inclusive as religiões sobre o “como comunicar”. Se ao se sistematizarem, as religiões sempre desenvolveram “o quê comunicar”, hoje essa necessidade passa a um segundo plano. Não porque perde a importância as constantes releituras e atualizações das doutrinas religiosas, mas sim porque a velocidade e a dinâmica que a tecnologia da informação imprime, exige reações de mesma magnitude. A reflexão de hoje não pode acompanhar tal dinâmica, mas são referenciais para as comunicações futuras. Porém fica a necessidade da comunicação de hoje, do momento, do instante, que não espera a resposta da reflexão. Temos então um desafio para as religiões: como ser eficiente ao comunicar respostas aos questionamentos humanos, com a agilidade que o mundo atual exige, sem perder sua identidade doutrinal?

Precisamos perceber que o “como se comunicar” e “o quê se comunicar” exigem cuidados e sistematizações diferentes. A realidade da comunicação virtual exige cuidados específicos no âmbito do “como se comunicar”. O mundo virtual não pretende influenciar o conteúdo da informação, mas determina condições específicas em seus processos comunicativos. Por isso as religiões devem se preparar também para a comunicação pela internet de uma forma especial para este veículo, e não transferindo técnicas que eram utilizadas em outros meios e veículos de comunicação para esta nova realidade.

A percepção e o entendimento da internet como uma realidade que deve obrigatoriamente fazer parte do cotidiano do ser humano já é patente entre as religiões.

Na perspectiva das inúmeras possibilidades positivas apresentadas pela Internet, não é aceitável hesitar timidamente, por medo da tecnologia ou por algum outro motivo.

Foi realizada uma pesquisa em sites de língua portuguesa através de um site de busca com uma base de dados de mais de 6 milhões de páginas. O objetivo da pesquisa era apenas de caráter lingüístico. Sem a preocupação da interpretação das palavras utilizadas nos sites, a pesquisa procurou quantificar a ocorrência de algumas palavras chaves. Chegamos aos valores de ocorrência de determinadas palavras nos sites. Esses valores não possuem utilidade se utilizados de forma separada, porém são bem interessantes para uma análise comparativa. Segue algumas informações resultantes desta pesquisa:

a palavra Deus aparece mais do que palavras como remédio, pessoa, alimentação, futebol, político, médico/a, advogado/a, deputado/a, vereador/a, pai, mãe.

 as palavras Deus, Igreja, Cristo, religião e fé somadas possuem uma ocorrência maior do que palavras como saúde, trabalho e política.

Consideramos um grupo de religiosos e sacerdotes compostos pelas palavras Padre, Bispo/a, Pastor/a, Rabino/a, Sheik, Monge/ja. Esse grupo é superior à ocorrência das palavras advogado/a, engenheiros/a, deputado/a, vereador/a, senador/a, pai/mãe e político.

Esta pesquisa mostra que o universo religioso já está participando significativamente da internet. A grande questão é a participação de forma adequada do ponto de vista comunicativo. O novo veículo (internet) exige uma nova forma de se comunicar e não uma transferência de modelos antigos. É preciso lembrar também que se encontramos uma grande oferta de sites que tratam de assuntos religiosos, há também significativa visitação destes sites, ou seja, há também grande demanda. Por isso a comunicação no mundo virtual atinge considerável número de pessoas e reflete no campo religioso físico.

A internet potencializa a capacidade de comunicar, ultrapassando barreiras geográficas, temporais e sociais. A comunicação inadequada também é potencializada produzindo situações negativas de grande porte. Um programa ruim de televisão leva no máximo a uma mudança de canal por parte de quem assiste. A televisão é um veículo de comunicação passiva. A grande novidade da internet é sua interatividade que muitas vezes acontece em tempo real. Quem entra em um site, além de receber as informações contidas no site, reage a essas informações e acrescenta novas informações. Há possibilidades de debates e discussões no momento em que se colocam as informações. A dinâmica da comunicação caracteriza a internet.

Finalizamos estas reflexões com uma alerta: As relações mantidas eletronicamente jamais podem substituir o contato humano direto. As religiões não podem perder a dimensão humana dos relacionamentos. Pensar em um mundo virtual só tem sentido como complementar ao mundo físico. O fechamento a uma nova forma de comunicar ou a adoção dessa nova forma como única, não pode fazer parte de nenhum projeto religioso. As religiões devem fazer parte do mundo, do mundo todo, inclusive do mundo virtual.

Rodrigo


quarta-feira, 1 de junho de 2016

O melhor tratamento




AME

Oi Amiga, Oi Amigo,

Em meio a tantas discussões sobre qual remédio eu devo usar para a EM me sinto meio perdido.

São remédios novos que aparecem. Outros utilizados já há muito tempo. Remédios via oral ou remédios injetáveis? Vitaminas ou, ou...

Não, eu Não sou médico, mas essas discussões aparecem principalmente quando a TV dificulta isso ao não informar direito o que são essas coisas.

O melhor tratamento é a INFORMAÇÃO, por isso os blogs participam de forma importante.

Foi descoberto uma forma de pesquisar sobre a EM em um país bem distante do meu, o Brasil, e só hoje vieram muitas perguntas para mim: ‘você viu, você viu, você viu...’

Eu sei que as pessoas se preocupam em ter remédios que podem curar. Mas o caminho ainda é longo. Precisa de Muita pesquisa! A boa Ciência funciona assim. Vamos aguardar.

Rodrigo