quinta-feira, 25 de junho de 2015

A terceira margem do rio!


Oi Amiga, Oi Amigo,

Este título é um título de um texto de um autor brasileiro chamado Guimarães Rosa. Alguém pode pensar que este título pode estar errado! Não, o título está certo!

Mas um rio tem apenas 2 margens, uma de cada lado, certo? Onde então está a terceira margem? Esse nome mostra que a tendência de nossas sociedades é apenas a de entendermos as coisas de maneira binária. Ou é Zero ou é Um como fazem os nossos computadores. Ou é Verde ou é Vermelho como é o sinal de trânsito. Ou é Para Cima ou é Para Baixo como são as nossas escadas rolantes. Ou... Ou...

O texto do autor conta a estória de uma pessoa que começa a entender a sua vida de maneira diferente de como as pessoas entendiam. Todas essas pessoas começam a vê-lo como uma pessoa diferente e passam a se distanciar dele.

Ele Não ficou imobilizado e vai a uma direção que Ninguém acreditava que ele poderia ir.

Temos que perceber que isso amplia nossos horizontes e nos faz irmos além de qualquer limite que possamos entender que existe.

O nosso mundo Precisa de pessoas que não fiquem apenas na ‘primeira’ ou na ‘segunda’ margem. Vão para a ‘terceira’ margem. Acreditam em possibilidades de mudança!

Rodrigo
Rodrigo é Teólogo, Engenheiro e portador de E.M. (Esclerose Múltipla). Vive em Tapiraí, SP, Brazil. Depois de saber que tinha a E.M. conheceu outros portadores que o ensinaram muito sobre como viver diante de dificuldades físicas. 

terça-feira, 23 de junho de 2015

Ser mais Forte do que se espera!


Oi Amiga, Oi Amigo,

Eu recebi três emails que me chamaram muito a atenção. Um foi da Ucrânia, outro era da China e o outro era dos Estados Unidos. Todos estes emails falavam sobre o diálogo, a falta de diálogo, com os seus amigos, que mudou muito após serem apresentados como uma pessoa com necessidades especiais. Mais uma vez a E.M. volta a minha história.

Antes que você me pergunte qual é a minha história eu transcrevo, novamente, a minha história atualizada abaixo:

História do Rodrigo

Quando eu soube que tinha a E.M. (Esclerose Múltipla) eu estava na Bélgica (país) e passei pelos sustos e medos que muitos portadores também passam. Isso foi no ano de 2008 e voltei para o Brasil não sabendo o que seria de mim dado que eu tinha isso e Não sabia nem do que se tratava. Eu tive o diagnóstico da EM há 7 anos atrás morando em outro país.

Pensei o que seria de mim? No início aconteceu um susto. Chegando ao Brasil senti muitas decepções, pois percebia que muitas pessoas que antes eu entendia que eram minhas amigas depois deixam ou dificultam contatos comigo. Então eu começo a conhecer outros portadores de EM e a perceber que o grande desafio de se ter EM é o desafio da linguagem, de comunicar o que é isso.

O nome esclerose múltipla nem sempre é entendido e aparecem muitos ‘achismos’. As pessoas acham tal coisa... ou acham tal coisa... e por aí vai.

Não concordo com pessoas que decidem ‘esconder’ o seu diagnóstico dos outros. Hoje, no Brasil, são mais de 40 mil portadores de EM e no mundo passam de 2,5 milhões de pessoas. É direito da pessoa querer não falar de suas dificuldades, eu respeito isso, mas é DEVER das outras pessoas, os não-portadores, de acolher e de respeitar qualquer pessoa que pode estar passando por alguma dificuldade e queira falar sobre isso.

Eu tive contatos com alguns portadores de EM e eles me ensinaram muito sobre como viver diante de dificuldades físicas. Isso vale para todas as pessoas, portadoras ou não de EM. Eu sei que descobrir uma dificuldade de saúde é muito difícil, principalmente, para quem passa pela dificuldade. Mas vale a pena passar pela dificuldade, ultrapassar a dificuldade, mostrando que as dificuldades dependem de quem as vê.

O grande desafio é conviver socialmente com as dificuldades que aparecem. Se qualquer pessoa anda um pouco, se cansa, descansa e volta a andar não é problema nenhum. Isso é Normal. Mas se uma pessoa fizer a mesma coisa e disser que tem EM poderá ser tratada como uma pessoa diferente, segregada do convívio normal. O PRÉconceito, como o próprio nome diz, é conceituar antes (PRÉ) de conhecer o fato (CONCEITO). Conviver com esta situação é difícil para os portadores. Mais difícil do que se aceitar COM um problema é o de ser aceito COMO um problema pelas outras pessoas.

A pergunta ‘Por que aconteceu a E.M.’ com a pessoa é a mais comum, mas a pergunta que deve ficar Sempre em nossas mentes é o ‘PARA QUÊ ACONTECEU ISSO COMIGO?’

Eu conheci várias pessoas pelo mundo a fora que nas suas dificuldades, que lhe apareciam, elas Realizavam as suas atividades. De maneira diferente de como faziam antes, MAS REALIZAVAM!

Chegou-me um email da Indonésia. Entendi que a pessoa estava com dificuldades para me entender no texto e falava MUITO sobre o que fazer quando se sabe que se tem EM.

A pessoa da Indonésia me disse que vai produzir um livro. Lembrei-me de uma frase do Gustavo, da AME, aqui no Brasil. A frase é a seguinte:

"O que há de comum entre os que foram privados da visão, audição ou fala? Todos encontraram formas de se expressar..." Gustavo San Martin (AME - Brasil)!

A expressão é muito importante para nós e hoje com este mundo globalizado podemos conversar com pessoas do mundo todo!

Este ato de se expressar é Muito importante! O livro da amiga da Indonésia é uma forma de se expressar e Parabenizo a pessoa da Indonésia por essa atitude.

Uma lembrança que devemos ter: Eu posso ter a EM, mas Ela NÃO me têm!

Vamos Ir Além do Esperado.

Mais uma vez lembrando que Nós precisamos ser mais Forte do que se espera! Você consegue! Acredite!



Rodrigo
Rodrigo é Teólogo, Engenheiro e portador de E.M. (Esclerose Múltipla). Vive em Tapiraí, SP, Brazil. Depois de saber que tinha a E.M. conheceu outros portadores que o ensinaram muito sobre como viver diante de dificuldades físicas. 

sexta-feira, 19 de junho de 2015

Espiritualidade e Religiosidade...É Importante se pensar sobre o assunto!


Oi Amiga, Oi Amigo,

A palavra ReLigar expressa algo que estava ligado a outra coisa, se separou dela e volta a estar ligado novamente. Muitas coisas em nossa vida (trabalho, amigos, etc.) deixam de estarem unidas e se separam ou de nós ou de outras coisas ou de outras pessoas.

Com este pensamento podemos pensar em uma grande Religação...a Religião! Esta palavra vem da palavra ‘Religare’. A idéia sobre o surgimento desta palavra é que no passado o ser humano estava ligado a Deus e por algum motivo ele se desligou de Deus. Por isso acontecem várias religiões. São tentativas de fazerem o ser humano voltar a estar em Deus. Veja que não é discutir se a religião A ou se a religião B está certa ou se está errada. Mais do que isso é perceber Deus em cada religião.

Então cada pessoa tem a sua própria religião e ao Viver os valores de sua religião volta a Ligar o que um dia foi desligado. Perceba a afirmação, o ‘Viver os valores de sua religião’. É participar das coisas que ela acredita e ela deve ser capaz de aceitar que existem outras pessoas, muitas pessoas, que são diferentes dela.[1]

Religião e Medicina sempre foram termos inseparáveis. Achava-se que a espiritualidade podia ser um método de cura de males físicos dos doentes.

Antigamente se entendia que as doenças eram causadas por deuses, espíritos e mágicas. Mostrava um desequilíbrio entre as influências favoráveis e desfavoráveis.

A Medicina vai ficando mais científica e acaba se distanciando da Fé e da Espiritualidade.

Albert Einstein fez a primeira menção sobre o mundo científico da modernidade de que a ciência estaria ligada a religião. “A ciência sem a religião é manca. A religião sem a ciência é cega.” Einstein acreditava que ciência e religião eram campos complementares e dependentes. Declarou que “todas as especulações mais refinadas no campo da ciência provêm de um profundo sentimento religioso; sem esse sentimento, elas seriam infrutíferas”. Einstein rompe a idéia de que ciência e religiosidade eram incompatíveis.[2]

A espiritualidade é fundamental no processo de cura por isso é interessante implantá-lo nos serviços de saúde.

Religiosidade X Espiritualidade

Não existe uma definição universal para esses dois termos e normalmente eles são confundidos. Enquanto a religiosidade pode ser vista como expressão pública, a espiritualidade é vista como algo mais pessoal.

A espiritualidade não se limita a alguns tipos de crenças. Deve posicionar-se sobre o significado da vida e da razão de viver antes de qualquer crença.

A religiosidade é a manifestação da religião. Nos últimos anos a religião passou a ser entendida como uma espiritualidade institucionalizada enquanto que aquelas que não se organizaram possuindo uma realidade material e uma realidade não material ficaram conhecidas como apenas espiritualidade refletindo os conflitos entre as possibilidades e limitações da história da existência do humano.

A religiosidade e a espiritualidade são valores que devem ser unidas e utilizadas quando são abordadas as enfermidades e a promoção da saúde do paciente.

Os impactos da fé sobre a doença e o adoecer

Uma enfermidade provoca uma surpresa porque tira a pessoa de seu ritmo normal de vida, muda os seus planos, confunde os seus alvos.

Um problema de saúde pode ser um sinal de alerta para que a pessoa reavalie a sua vida. O doente reavalia, entre outras coisas, como se relaciona consigo mesmo e com os outros. Doença e cura representam o ponto de encontro entre a medicina e a religião. Os grandes avanços científicos na área médica têm levado o médico e seus pacientes a uma visão mais aberta da espiritualidade. A fé ajuda a reduzir o estresse dos tratamentos. Descobriu-se que as endorfinas são liberadas por estímulos desencadeados pela prática da fé altruísta.

A oração é a forma de expressão da espiritualidade. O Dr. Alex Carrel, prêmio Nobel de biologia, afirmou “a influência da oração na saúde está tão bem demonstrada quanto a secreção das glândulas”[3]. A religiosidade é capaz de aumentar a longevidade do ser humano. O setor médico dedica uma especial atenção à interligação da medicina com a religiosidade.

Deve-se ressaltar que a religião Não é uma substituta ou alternativa dos tratamentos convencionais. A fé é um grande sustentáculo na vida do paciente e se revelou como fator de motivação para enfrentar a doença. Ela passa a ser o escudo que protege, conforta e prepara.

A espiritualidade desempenha um importante papel na vida da maioria das pessoas e está diretamente relacionada com o desejo de viver, o medo da morte e a qualidade de vida relacionada ao bem estar físico e mental.

O profissional da saúde e da espiritualidade

Os profissionais da saúde e os pacientes estão, cada vez mais, insatisfeitos e com isso eles acabam recorrendo à espiritualidade no campo científico.

A experiência da doença leva o médico e o paciente para além das fronteiras conhecidas, leva ao mistério desconhecido da vida humana. É por isso que essa relação acaba acontecendo com certa sacralidade. Essa sacralidade conduz o humano a um sentimento de fragilidade lembrando de que ele é mortal. Presenciar essa situação faz com que o profissional da saúde que presencia isso saia em busca de uma religiosidade desvinculada do dogmatismo das religiões tradicionais.

Outro ponto importante é trabalhar a espiritualidade do trabalhador da saúde. Estes trabalhadores participam de um processo de humanização onde vão participar de um processo que os humaniza frente a sua relação com os pacientes para não entrarem em um processo de anestesiamento de sentimentos e emoções. A assistência do profissional de saúde deve estar pautada nos valores e crenças do indivíduo que ajude ele a auxiliar ao paciente desenvolver a espiritualidade em meio a um mal físico, uma doença.

Muitos pacientes gostariam de discutir temas espirituais com seus médicos.

A importância da espiritualidade na doença

A vida abafa a dimensão espiritual enquanto que o sofrimento e o risco de morte revela esta dimensão. Isso é observado quando abordamos doenças degenerativas onde o contato com o sofrimento será gradativo e prolongado.

A espiritualidade é um mecanismo para lidar com a doença e fazer os pacientes conviverem melhor com suas situações de doença.

Na religião e nas experiências espirituais os pacientes encontram conforto para lidar com a sua doença. A espiritualidade e a religião podem fazer que o paciente se adaptasse ao diagnóstico de uma doença grave.

Conforme observou Kovács “quando falamos em qualidade de vida, estamos diante de um termo muito difícil de ser operacionalizado, que envolve aspectos como a satisfação da vida, além da diminuição do sofrimento e da dor tanto física quanto psíquica, social e espiritual”.[4]

A expressão “qualidade de vida” é composta por: subjetividade e multidimensionalidade. A subjetividade é entendida na dimensão do paciente e a multidimensionalidade é um conjunto de fatores (bem-estar físico, funcional, emocional e social).

Uma expressão melhor é ‘quantidade de vida’ pois falar de qualidade de vida é falar vida duas vezes, pois se não houver qualidade não é vida. Agora pode se mensurar isso, ou seja, mais vida ou menos vida, mais felicidade ou menos felicidade, mais dificuldades ou menos dificuldades, ou...ou... Por isso a palavra quantidade é melhor que a palavra qualidade.

As crises nos dão oportunidades de nos ligarmos a dimensões mais elevadas e profundas por meio da criação de conexões que estavam faltando em nossa existência. 

Precisamos repensar nossos modos de agir, nosso estilo de vida e nossa escala de prioridades e valores.

Ao pensar em doença deve ser considerado o cuidado paliativo (suporte familiar, suporte social e questões espirituais) que é muito importante e não pode ser negligenciado.

Nas doenças neurodegenerativas as pessoas que cuidam do paciente (marido, esposa, cuidador, etc.) podem apresentar depressão e estresse excessivo necessitando de apoio psicológico e espiritual.

A Espiritualidade é um fator significativo para que as pessoas envolvidas a cuidarem do doente possam lidar com ele.

Devemos dar importância para as crenças espirituais dos doentes e seus familiares. 

Desse modo teremos uma melhor qualidade de vida dos doentes e de seus familiares, além de minimizar o sofrimento causado pela doença.

As definições Religiosidade e Espiritualidade são diferentes, mas acabam se confundindo:

- Religiosidade        èfoco na religião, na forma como a pessoa expressa a sua Espiritualidade. É muito direcionada à expressão de como a pessoa expressa (e entende) a sua Espiritualidade. Pode se tornar apenas conjunto de atividades.

- Espiritualidade     èé o elemento que move e dá sentido a Religiosidade.

A busca por definições desses dois termos (Religiosidade e Espiritualidade) sempre aconteceu como a história humana mostrou.

Precisamos resgatar a Espiritualidade sem nos tornarmos escravos de alguma Religiosidade. A Espiritualidade vem Antes da Religiosidade. A primeira deve conduzir à segunda. Hoje acontece o contrário.

A relação paciente e médico acabam acontecendo de uma forma que o paciente fica muito submisso ao médico e depois essa submissão também vai acontecer no campo religioso.

O ser humano se descobre sempre envolvido com Deus. Esse envolvimento acontece em um meio cultural que coloca em choque um conhecimento racional sobre a Religião e um conhecimento experiencial sobre a Religião. Em situações ligadas a Saúde essas duas formas de conhecimento podem ficar polarizadas entre o médico (conhecimento racional) e o paciente (conhecimento experiencial).

As relações da vida humana devem ser pautadas pela espiritualidade. O contato com Deus leva ao entusiasmo. Esta palavra mostra estar em Deus. Entusiasmo, no grego, significa Deus conosco. Pensar em entusiasmar vai levar diretamente a uma espiritualidade.

A forma de conviver com uma doença crônica ou qualquer dificuldade que possa aparecer é estar com Deus, estar entusiasmado.




[1] DRUBI R. Rodrigo e a E.M. Superando... Rio de Janeiro: Multifoco; 2012, pg.17.
[2] JAMMER M. Einstein e a religião: física e teologia. Rio de Janeiro: Contraponto; 2000.
[3] MEZZONO AA. Fundamentos da humanização hospitalar: uma visão multiprofissional. São Paulo: Loyola; 2003.
[4] KOVÁCS MJ, et al. Morte e desenvolvimento humano. São Paulo: Casa do psicólogo; 2002.

terça-feira, 16 de junho de 2015

Uma discussão a partir da Teologia


Oi Amiga, Oi Amigo,

A influência da religião precisa acontecer também com os profissionais da saúde. É sempre o desafio do diálogo entre a Fé e a Ciência. Não importa qual é a religião escolhida e sim perceber que a religiosidade é elemento fundante da personalidade humana. Não se pode chegar ao extremo dessas características. Ou negar totalmente ou aceitar demasiadamente, sob o risco de desviar suas conclusões e percepções do fenômeno religioso. Isso vale para os profissionais da saúde e para os pacientes com o cuidado que os pacientes ficam suscetíveis a crenças condicionadas ao alívio das inseguranças geradas ao portador de alguma doença crônica.

A EM é uma doença que mexe com as nossas seguranças, com as nossas estabilidades, com as nossas certezas, com as nossas aceitações e com as nossas fragilidades. Esses são tipos de valores antigos que serão transformados em novos valores.

Perda de papéis sociais e construção de novos papéis mostram uma realidade nova para os portadores de EM.

Portadores de EM não se identificam como grupo tendo dificuldades de conviverem entre si. É algo socialmente depreciativo.

A dificuldade de locomoção é um desafio pastoral e missionário para as religiões resolverem. É uma forma de integração dos portadores no ambiente urbano. É necessário combater o individualismo que os portadores de EM se encontram.

Dizer que a doença seria causada por Deus é uma afirmação questionável onde algumas parcelas religiosas podem até concordar com isso, que é uma minoria, mas isso não é comum na interpretação da maioria das religiões (por exemplo o Cristianismo, o Judaísmo tradicional, o Judaísmo intermediário, o Judaísmo liberal, o Islamismo, as religiões orientais, as religiões africanas, entre outras).

Isso tudo é um elemento interessante para uma pesquisa teológica. Para tal, a utilização de uma pesquisa do campo das Ciências da Religião para o campo Teológico motiva uma decisão de fé. É a sempre discussão entre as disciplinas fenomenológicas e as disciplinas teológicas que entram no campo da fé. Por isso essa passagem leva a uma escolha de fé. Pode se falar de Imagens de Deus na EM. Haveria muitos campos que poderiam ser abordados. Por exemplo a teologia pastoral ou a teologia missionária ou a teologia moral ou a teologia ecumênica ou algum outro campo da teologia.


Rodrigo
Rodrigo é Teólogo, Engenheiro e portador de E.M. (Esclerose Múltipla). Vive em Tapiraí, SP, Brazil. Depois de saber que tinha a E.M. conheceu outros portadores que o ensinaram muito sobre como viver diante de dificuldades físicas. 

quarta-feira, 10 de junho de 2015

Minha história que Continua...


Oi Amiga, Oi Amigo,

QUEM É O RODRIGO? Os dados sobre mim com a E.M. (Esclerose Múltipla)


História

Quando eu soube que tinha a E.M. (Esclerose Múltipla) eu estava na Bélgica (país) e passei pelos sustos e medos que muitos portadores também passam. Isso foi no ano de 2008 e voltei para o Brasil não sabendo o que seria de mim dado que eu tinha isso e Não sabia nem do que se tratava. Eu tive o diagnóstico da EM há 7 anos atrás morando em outro país.

Pensei o que seria de mim? No início aconteceu um susto. Chegando ao Brasil senti muitas decepções, pois percebia que muitas pessoas que antes eu entendia que eram minhas amigas depois deixam ou dificultam contatos comigo. Então eu começo a conhecer outros portadores de EM e a perceber que o grande desafio de se ter EM é o desafio da linguagem, de comunicar o que é isso.

O nome esclerose múltipla nem sempre é entendido e aparecem muitos ‘achismos’. As pessoas acham tal coisa... ou acham tal coisa... e por aí vai.

Não concordo com pessoas que decidem ‘esconder’ o seu diagnóstico dos outros. Hoje, no Brasil, são mais de 40 mil portadores de EM e no mundo passam de 2,5 milhões de pessoas. É direito da pessoa querer não falar de suas dificuldades, eu respeito isso, mas é DEVER das outras pessoas, os não-portadores, de acolher e de respeitar qualquer pessoa que pode estar passando por alguma dificuldade e queira falar sobre isso.

Eu tive contatos com alguns portadores de EM e eles me ensinaram muito sobre como viver diante de dificuldades físicas. Isso vale para todas as pessoas, portadoras ou não de EM. Eu sei que descobrir uma dificuldade de saúde é muito difícil, principalmente, para quem passa pela dificuldade. Mas vale a pena passar pela dificuldade, ultrapassar a dificuldade, mostrando que as dificuldades dependem de quem as vê.

O grande desafio é conviver socialmente com as dificuldades que aparecem. Se qualquer pessoa anda um pouco, se cansa, descansa e volta a andar não é problema nenhum. Isso é Normal. Mas se uma pessoa fizer a mesma coisa e disser que tem EM poderá ser tratada como uma pessoa diferente, segregada do convívio normal. O PRÉconceito, como o próprio nome diz, é conceituar antes (PRÉ) de conhecer o fato (CONCEITO). Conviver com esta situação é difícil para os portadores. Mais difícil do que se aceitar COM um problema é o de ser aceito COMO um problema pelas outras pessoas.


Meus livros

Depois da minha volta da Bélgica eu escrevo 2 livros contando a minha história com a EM pela editora Multifoco, Rio de Janeiro, Brasil. Os nomes dos livros estão abaixo:

         - Rodrigo e a E.M. Projetando...



         - Rodrigo e a E.M. Superando...



A viagem para a Dinamarca

Em 2013 eu e mais outros 5 brasileiros fomos escolhidos para visitar Copenhagen, Dinamarca. Estava acontecendo um Congresso do ECTRIMS (Congresso Europeu de EM). Nessa viagem tive a ÓTIMA oportunidade em conhecer pessoas que fazem a história da EM no Brasil e no Mundo. Foi uma surpresa que me fez refletir muito sobre como eu estava conduzindo a minha história.

Depois eu pedi para as pessoas que viajaram comigo para a Dinamarca fazerem uma pequena apresentação sobre mim que foi publicada na 2ª. edição do meu livro ‘Superando...’


1º Encontro de Blogueiros e ativistas digitais sobre a EM em São Paulo, Brasil, em 07 de novembro de 2014

Este Encontro reuniu pessoas que se conheciam por causa de seus Blogs, mas nunca tinham se encontrado pessoalmente. Um dos participantes disse que a melhor coisa desse Encontro foi a ‘Des-virtualização’ entre os integrantes que antes só se conheciam virtualmente e a partir deste Encontro se conheceram de maneira pessoal.

Haverão outros Encontros.


Encontro de Conscientização da Esclerose Múltipla em 2010 na Câmara Municipal de São Paulo, Brasil


Encontro na ABEM (Associação Brasileira de EM) em São Paulo, Brasil

Lancei os meus livros ‘Rodrigo e a E.M. Projetando...’ e ‘Rodrigo e a E.M. Superando...’ na ABEM.


Encontro na UPEM (União dos Portadores de EM) em Sorocaba, São Paulo, Brasil

Lancei o meu livro ‘Rodrigo e a E.M. Projetando...’ na UPEM.


Encontro na ARPEM (Associação Regional Pirassununguense de portadores de EM) em Pirassununga, São Paulo, Brasil

Lancei o meu livro ‘Rodrigo e a E.M. Superando...’ na ARPEM.

  
Acabamos por rever os nossos conceitos. Eu acho que a EM é 'um puxão de orelha' em nós da vida dizendo: VIVA! VÁ VIVER! 


Rodrigo
Rodrigo é Teólogo, Engenheiro e portador de E.M. (Esclerose Múltipla). Vive em Tapiraí, SP, Brazil. Depois de saber que tinha a E.M. conheceu outros portadores que o ensinaram muito sobre como viver diante de dificuldades físicas. 

sábado, 6 de junho de 2015

Exercício no Elíptico (ou Transport)! Translations: Exercise on Elliptical (or Transport)! Ejercicio en Elíptica (o Transport)!


Oi Amiga, Oi Amigo,

Eu me encontrei com um novo amigo que me disse que precisava fazer atividade física e tinha ‘medo’ de fazer isso! Eu acho que este ‘medo’ estava mais ligado a certo sedentarismo dele.

Falei para ele sobre o Elíptico (ou Transport). Este aparelho traz segurança e tranqüilidade. Eu também sempre fui sedentário e eu começo a fazer este exercício por 5 minutos. Eu faço esse exercício TODOS OS DIAS! Hoje eu faço o exercício por 40 minutos! Já fazem 2 meses.

Este aparelho é diferente de uma esteira elétrica. Diferente principalmente porque Não é elétrico, é manual, e com isso é um exercício bem seguro, nos faz termos uma atividade física com Segurança!

Precisamos termos atividade física! Isso nos faz bem! Nunca se esqueça disso!

Passou um tempo e ele entrou em contato comigo e me disse que estava se sentindo bem e que também estava se sentindo bem com o ACOMPANHAMENTO de uma fisioterapeuta! Fiquei feliz!

Abraços

Rodrigo

Rodrigo é Teólogo, Engenheiro e portador de E.M. (Esclerose Múltipla). Vive em Tapiraí, SP, Brazil. Depois de saber que tinha a E.M. conheceu outros portadores que o ensinaram muito sobre como viver diante de dificuldades físicas.