sexta-feira, 28 de janeiro de 2011

Um pouco da minha história

         Meu nome é Rodrigo. Sou paulistano e moro em São Paulo, capital. Tenho 38 anos. Fui diagnosticado com EM há 3 anos, em 2008. Sou formado em Engenharia Civil na USP. Depois fiz teologia e um pouco de filosofia. Comecei a dar aulas de teologia em várias faculdades em São Paulo. Depois eu faço o mestrado em teologia. E depois vou para Louvain-la-Neuve, Bélgica, na UCL, para fazer o doutorado em teologia. Lá que me diagnosticam a esclerose múltipla (EM) que lá chamam de esclerose em placas. Eu volto para o Brasil.
Em 2009 e 2010 eu tive contatos, no Brasil, com alguns portadores de EM e eles me ensinaram muito sobre como viver diante de dificuldades físicas e eu acrescento também, dificuldades psicológicas. Isso vale para todas as pessoas, portadoras ou não de EM. Eu sei que descobrir uma dificuldade de saúde é muito difícil, principalmente, para quem passa pela dificuldade. Mas vale a pena passar pela dificuldade, ultrapassar a dificuldade, mostrando que as dificuldades dependem de quem as vê.

O grande desafio é conviver socialmente com as dificuldades que aparecem. Se qualquer pessoa anda um pouco, se cansa, descansa e volta a andar não é problema nenhum. Isso é Normal. Mas se uma pessoa fizer a mesma coisa e disser que tem EM poderá ser tratada como uma pessoa diferente, segregada do convívio normal. O PRÉconceito, como o próprio nome diz, é conceituar antes (PRÉ) de conhecer o fato (CONCEITO). Conviver com esta situação é difícil para os portadores. Mais difícil do que se aceitar COM um problema é o de ser aceito COMO um problema pelas outras pessoas.
         Acabamos por rever os nossos conceitos. Eu acho que a EM é 'um puxão de orelha' em nós da vida dizendo: VIVA! VÁ VIVER! 
Rodrigo Drubi

2 comentários:

  1. É isso mesmo Rodrigo. Gostei muito do seu post e ao final "Viva! Vá viver!.......... e não se importe com os (pré)conceitos das pessoas em relação a você, pois o problema maior é deles que ainda não reconhecem suas imperfeições e seus limites.
    Abraços

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  2. Amei tudo que vc relatou e escreveu... Minha falecida vó me dizia que "o que não se aprende pelo amor, se aprende pela dor". E pra mim, a EM foi muito mais que um puxão de orelha !!!
    Se quiser conversar, sinta-se à vontade !!!
    Bjs !

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