sábado, 23 de junho de 2012

Depoimento: Neide P.

(O depoimento a seguir é opinião pessoal da pessoa que fez o depoimento. O Blog não faz julgamentos dos depoimentos. Não são mencionados nomes de médicos, de laboratórios e de remédios. Não é postado o nome completo de quem faz o depoimento. As mesmas perguntas são passadas a todos que escrevem seus depoimentos)
Você e a EM
Questões:
1.     Há quanto tempo você ficou sabendo que tem EM?
Fiquei sabendo em 1985, há mais de 25 anos. As pessoas não sabiam o que era isso. Os médicos me mandavam para outros médicos que me mandavam para outros médicos e por aí vai. Até descobrirem o que era isso, mas ninguém sabia explicar porque isso acontecia. Só falaram para mim que eu ia morrer com Isso, mas eu não ia morrer disso.

2.     Como você e a sua família lidaram com isso?
É difícil porque falar sobre isso porque cada pessoa encara isso de uma forma diferente.

3.     O que você diria para alguém que soube recentemente que tem a EM e se encontra com muito medo para enfrentar essa nova realidade?
Isso é mais fácil de dizer, pois podemos dizer que temos isso e já passamos pelas dificuldades, pelo susto de saber dessas dificuldades e hoje convivemos com isso sem sustos. É fazer a pessoa entender que ela não é a única pessoa com EM que tem problemas.

4.     Hoje como você se relaciona com a EM?

            - Alegrias: Eu tenho alegrias. Sempre eu estou alegre e eu acho que há outros problemas que não aparecem na EM e que eu não os terei. Eu acho que a pessoa pode ser feliz apesar de qualquer doença.

            - Decepções: A pessoa pode ter decepções, independente de ter EM ou não. Principalmente porque tem pessoas que se decepcionam com qualquer coisa. Eu convivo bem com a EM. Eu não sei como conviveria com algumas outras doenças que eu abomino e a EM não vai me trazer as dificuldade destas outras doenças.

            - Superações: Comparando com a época em que eu fiquei sabendo da EM e hoje, temos agora conhecimento do que temos. E passar de uma situação de desconhecimento para uma situação de conhecimento já é uma superação.

5.     Como você se vê hoje, depois de ser diagnosticado com EM?
Muito bem. Há 25 anos eu queria saber o que eu tinha e agora eu sei. Eu sempre fui uma pessoa que via as coisas como eram e tentava concertá-las.

6.     Fique a vontade para escrever comentários que queira fazer.
Nada é tão ruim quanto parece ser. Atualmente já temos remédios que aliviam as dificuldades dos portadores e antigamente não havia. Antigamente dava pra você se desesperar hoje não. Hoje dá para conviver com a EM, basta querer.
Neide P.

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